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terça-feira, 7 de junho de 2011

Garota do casaco verde

Visto o meu casaco verde e saio pela rua sem rumo. Quero esquecer do mundo, quero esquecer que eu existo, quero esquecer dele.
O céu nublado não tem importância, e o vento bate em direção ao meu rosto como se quisesse levar a minha alma. Penso o quanto a minha vida é solitária, e não importa o que eu faça, nunca muda.
Continuo caminhando como se não estivesse pensando em nada, mas na verdade estou pensando em tudo... e com tantos pensamentos e histórias em minha volta nem consigo prestar atenção aonde estou andando.
Reflito sobre como eu sou idiota, e como esse garoto é estúpido. Aonde está o meu cupido agora?
Por que fez eu amar um destruidor de corações, e isso não é justo! Com tantos garotos para eu me apaixonar, tive que escolher logo ele?
Entreguei o meu coração a uma pessoa que nem sabe que eu existo, e mergulhei em um mar de ilusões. Ás vezes eu sinto falta de ter alguém para contar os meus segredos, ás vezes eu sinto falta de alguém...
Andava tão distraída pela rua, que nem percebi que tinha uma pedra enorme no chão, foi quando eu tropecei nela e caí. Neste instante, quando eu ainda estava no chão, eu pensei uma teoria completamente absurda mas tem sentido:
O amor não é mesmo assim? Eu me apaixonei por ele, entreguei o meu coração, e o que ele me deu?
É como se de repente, esse garoto fosse um carro, e passasse em cima do meu coração, fazendo ele ficar em cacos. E a pedra que eu tropecei, era a minha amiga, na qual ele estava dando mole. Ela me fez cair, porém eu não vou desistir!
Rastejando, levantei do chão, me enchi de orgulho, com a cabeça erguida, dei um chute na pedra e assim, restaurei o meu coração.
Foi quando notei que a pedra que eu joguei, caiu em cima do carro, quebrando o vidro. E eu pensei, e daí? Dane-se ele, dane-se a minha amiga, dane-se a pedra, dane-se o carro. Estou decidida, não dou mais importância para porcarias!

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